“ Meu nome é Txai Suruí, eu tenho só 24 anos, mas meu povo vive há pelo menos6 mil anos na floresta Amazônica. Meu pai o grande cacique Almir Suruí me ensinou que devermos ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores.
Hoje
o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão
morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando.
Ela
nos diz que não temos mais tempo!
Uma companheira me perguntou: Vamos continuar pensando feridas de hoje se resolvem com pomadas e analgésicos, embora saibamos que amanhã a ferida será maior e mais profunda? Precisamos tomar outro caminho com mudanças corajosas e globais.
Não
é 2030 ou 2050, é agora!
Enquanto vocês estão fechando os olhos para a realidade, o guardião da floresta Ari Uru-Eu-Wau-Wau, meu amigo de infância, foi assassinado por proteger a natureza! Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui.
Nós
temos idéias para adiar o fim do mundo.
Vamos
frear as emissões de promessas mentirosas e irresponsáveis; Vamos acabar com a
poluição das palavras vazias, e vamos lutar por um futuro e um presente
habitáveis.
É necessário sempre acreditar que o sonho é possível. Que a nossa utopia seja um futuro na Terra! Obrigada!”
Txai Suruí – Fundadora do Movimento da Juventude Indígena em Rondônia e estudante de Direito | Discursou na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em Glasgow, na Escócia.
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