Movimento “Todos pelo
Hospital da Posse”, revela falta de criação de mecanismos de saída salvadora.
Por Alcy Maihoní.
No dia 12 (quarta-feira) do corrente mês
segundo consta cerca de 5 mil pessoas caminharam dois quilômetros em direção ao
Hospital da Posse. Objetivo: chamar atenção dos governos federal e estadual,
visando regularização de repasses.
É lógico que assim como muitos que lá estiveram
neste caminhar, reconheço a importância de se buscar soluções imediatas em
defesa deste hospital. Dois sérios grandes problemas, que há décadas vem,
tirando oxigênio são a falta de recursos financeiros, para suprir a grande
demanda de pacientes e a gestão centralizadora administrativa-financeira e
operacional, de quem esta a frente da direção.
Mas voltemos no tempo de 2016...
Oportuno relembrar que Rogério Lisboa (PR), então
candidato a prefeito, afirmava que sua prioridade seria a saúde e que mais de 20 anos,
vinha se preparando para administrar Nova Iguaçu. Iguaçuano puro sangue, já foi
vereador, secretário de obras, deputado federal e por último estadual, tinha na
ponta da língua a sabedoria de fazer bem feito, caso eleito. Seu opositor
Nelson Bornier (PMDB), então prefeito, além da máquina administrativa a seu
favor, tinha ao seu lado, Governador Cabral/Pezão e Presidente Temer, todos do
PMDB e de quebra o Dr. Joé Sestello (atual diretor do hospital) e mesmo assim os repasses
não chegaram, perdeu a eleição e entregou o hospital em franca agonia. E vejam
que era um período em que a operação Lava jato não tinha volume de delações
como se verifica atualmente. Mas a
caminhada foi proveitosa no sentido de simples publicidade, mas revela por sí
só, ao mesmo tempo, atestado público da incapacidade da atual prefeitura de encontrar
uma saída salvadora para situação de penúria deste hospital. Que os gestores sejam humildes em
reconhecer este fato.
Hoje os caciques do poder em sua maioria estão
preocupados em negar seus envolvimentos em propinas oriundas das empreiteiras,
logo é ingenuidade desta compacta massa, achar que tal movimento irá abrir facilmente
os cofres da união.
Minha sugestão reitero aqui: Que a prefeitura
faça, uma Junta Interventora com representantes do município, estado e união;
Auditoria da gestão anterior (até mesmo para não se cometer mesmos deslizes) e
por fim drástico corte de despesas. E em paralelo, negociar parcerias com
empresas nacionais e se for o caso, até internacionais. Fora isto, o hospital
ficará na UTI, até as próximas eleições e mesmo assim dependerá de quem for
assumir a nação. Repudio algumas figuras parlamentares e pseudo-lideranças
comunitárias oportunistas que se infiltraram no meio, com propósito de galgar
votos, ano que vem. Figurinhas essas que são invisíveis e que sequer participam
das reuniões de conselhos, fóruns e demais eventos ligados a saúde.
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