Pais de menino de 11 anos acusam PMs de terem sumido com o corpo do garoto.
Extraído do Jornal Extra on line:
Pais do menino Juan de Moraes, de 11 anos, acusam policiais do 20º BPM (Mesquita) de terem sumido com o corpo do garoto após tiroteiro com bandidos na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na noite desta segunda-feira. Segundo o pai de Juan, Alexandre da Silva Neves, de 36 anos, o menino estaria voltando para casa com o irmão, de 14, quando foram surpreendidos no beco por um tiroteio. Os meninos caminhavam por um beco no final da Rua Paulo Lemos.
Pais do menino Juan de Moraes, de 11 anos, acusam policiais do 20º BPM (Mesquita) de terem sumido com o corpo do garoto após tiroteiro com bandidos na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na noite desta segunda-feira. Segundo o pai de Juan, Alexandre da Silva Neves, de 36 anos, o menino estaria voltando para casa com o irmão, de 14, quando foram surpreendidos no beco por um tiroteio. Os meninos caminhavam por um beco no final da Rua Paulo Lemos.
- Eles não são bandidos. São estudantes. Não sei o que pode ter ocorrido - desabafou.
O adolescente de 14 anos foi socorrido por vizinhos e levado para a UPA de Cabuçu. Depois, foi levado para o Hospital da Posse e, de lá, para o Hospital de Saracuruna. Os familiares ainda não conseguiram visitar o menino. Por telefone, ele teria contado à mãe que viu o irmão caído no chão, baleado. O desaparecimento de Juan foi registrado na tarde de ontem na 56ª DP (Comendador Soares). Está programada para hoje, às 11h, uma manifestação na Estrada de Madureira.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que “o 20º BPM (Mesquita) realizou uma operação na Estrada de Madureira para checar denúncias de tráfico de drogas, na madrugada da última segunda-feira. Houve um breve confronto e um homem acusado de pertencer ao tráfico de drogas ficou ferido. Com ele foi apreendido um radiotransmissor e um revolver calibre 38. Um menor de 14 anos, que estava no local, também foi ferido sem gravidade. Ambos foram levados para o Hospital de Saracuruna, sendo que o menor não está custodiado. Eles está envolvido na ocorrência, mas como testemunha conforme qualificação da DP.”
Ainda de acordo com a nota, “na terça-feira houve uma manifestação na entrada da comunidade acompanhada pela PM. Um homem em uma moto atirou contra os PMs. Houve troca de tiros e dois PMs ficaram feridos sem gravidade e o ocupante da moto morreu. Com ele foi arrecadado um revolver calibre 38 e a moto, que era roubada, foi recuperada. Ainda nesta quarta-feira, o comandante do 20º BPM, tenente-coronel Sérgio Luiz Mendes, receberá em seu gabinete uma comissão de moradores do Bairro Danon para prestar toda a contribuição para elucidação desses fatos.”
COMENTÁRIO DO MAIHONÍ: Momentos de insegurança, medo e dor, marcaram o inicio da semana,aqui no Bairro Danon. Fatos como este que vitimou o menino de 11 anos (Juan), é corriqueiro em nosso Estado. Caso semelhante ocorreu a seis meses atrás, no morro da Mangueira, recém ocupada pela Polícia Pacificadora (UPP). O caso do menino Matheus Peres Viana, de 12 anos, cuja morte ainda não foi esclarecida pela Polícia Civil. Na época, testemunhas contaram que o menino foi morto por policiais civis, enquanto que a policia atribuiu a tiros dados por traficantes. Fato é que quando ocorrem casos como este, a apuração pericial é extremamente prejudicada por falta de provas concretas, e neste caso aqui no Danon com a agravante do “sumiço” do corpo, creio que será mais uma estatística sem solução. Neste momento de dor, creio que não importa muito de onde partiu o tiro, importa sim que se ache o corpo para que seja dignamente enterrado, pela família. Cabe ao Estado garantir aos familiares este direito.
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