Em 1980, Victor Carvalho Klein e André Calixto Vieira,[2] propuseram um vulcão extinto com cone vulcânico, cratera vulcânica e bomba vulcânica em Nova Iguaçu. A partir de 2004 a mídia divulgou esta hipótese, resultando um fenômeno social. Ocorreu também um movimento para registrar o Parque Municipal de Nova Iguaçu à UNESCO como o "Geoparque do Vulcão de Nova Iguaçu". Entretanto, a partir de 2006 as publicações em periódicos científicos de autoria de Akihisa Motoki, Rodrigo Soares, Susanna Eleonora Sichel, José Ribeiro Aires, etc.[3][4][5][6][7] em periódicos científicos revelaram que as rochas com aparência de origem eruptiva são, de fato, constituintes de corpos intrusivos subvulcânicos, demonstrando inexistência de cratera, cone, bomba vulcânica, lava e fluxo piroclástico e, consequente inexistência do referido vulcão extinto. Até 2009, nas comunidades acadêmicas as discussões acima citadas foram concluídas com a inexistência do Vulcão de Nova Iguaçu. Foram publicados em periódicos científicos qualificados cinco artigos com a opinião contra e zero artigo com a opinião a favor da hipótese do existência do suposto edifício vulcânico [3].
Havia erupções vulcânicas explosivas nesta região, com provável formação de edifícios vulcânicos na superfície daquele tempo, entretanto o intenso evento posterior de soerguimento regional e denudação eliminaram completamente a morfologia e os depósitos eruptivos daquele tempo, expondo a estrutura subterrânea na superfície atual. Os corpos geológicos presentes no Parque Municipal de Nova Iguaçu constituíam câmara magmática e condutos subvulcânicos por 3 km de profundidade no tempo das erupções. Esses são raros exemplos geológicos do mundo que expõem estruturas subvulcânica. Por outro lado, o mito do vulcão ainda continua em nível popular, especialmente em grupos de promoções turísticas.
Fonte: MONFORTE, Elisangela, 2019.
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