quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Educação Municipal de Nova Iguaçu está em colapso.

Como alcançar as metas do PME, se não há salários, merenda e infraestrutura de algumas escolas andam em curto circuito, colocando alunados em risco de vida?
Por Alcy Maihoní
A lei número 4.504 de 23 de junho de 2015, sancionada pelo prefeito Nelson Bornier que definiu o Plano Municipal de Educação (PME) para próximos dez anos (2015 a 2025), onde estão inseridas as 20 metas e centenas de estratégias municipais, seus efeitos iniciaram-se em 1º  de janeiro deste ano. Pois bem, quem lida diretamente e indiretamente com a educação pública, tem ciência de que muitas destas estratégias não conseguirão alcançar aos resultados desejados e ajustes técnicos deverão ocorrer.
O Sistema de educação e as unidades escolares de nossa cidade possuem cicatrizes expostas que vem de décadas passadas. E para piorar, os espaços precários de muitas escolas, tornam-se inviáveis qualquer tipo de reformas. Tem muitas unidades que constantemente as redes elétricas sofrem curto circuito, e não adianta trocar apenas fiação, pois muitos destes imóveis são alugados e são das décadas: 30, 40 e 50. Esta semana por exemplo, na Escola Municipal Profª Marly Tupacinunga, no Km 32, houve uma pane no sistema, causando maior transtorno e colocando risco de vida, nos pequenos estudantes. Risco de incêncio é uma trágedia pré-anunciada. Esta escola inclusive foi em maio deste ano, inspecionada por nós conselheiros de educação. Possui 341 alunos matriculados (anos iniciais 1º ao 5º ano) e 28 funcionários (dados de 2015).
O Conselho Municipal de Educação, atendendo o relatório da nossa comissão de Educação Infantil,  aprovou a emissão de ofícios destinados ao Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, das escolas já visitadas.
Outro assunto, que também confirma o atual colapso na educação, está o grande problema do atraso de salários dos professores. Um absurdo injustificável.
Sobre a merenda escolar: Escola Municipal Newton Gonçalves, no Jardim Nova Era, amanhã completará 04 (quatro) dias sem merenda, e aonde os dois turnos vêm tendo, somente 2 horas de aulas. Algumas professoras vão aderir à paralisação, promovida pelo Sindicato de Classe. Volta e meia, também tem problemas em sua rede elétrica.
Um detalhe que a população ignora: Segundo informações a saída dos estudantes mais cedo, por falta de merenda, é sugerida (o diálogo é esse) pela SEMED e não por iniciativa das diretoras.
Estou ciente de que as escolas do eixo da Estrada de Madureira e arredores estão na mesma situação crônica. Acredito que toda a região Iguaçuana, as escolas estão na UTI, com exceção das recem inauguradas. 
É triste, mas a realidade é esta. 
Nestas condições como implementar tais metas do PME? Eis o desafio para o gestor, no próximo ano letivo.
Alcy Maihoní*
Fórum Popular de Defesa da Educação de N.I.
Conselheiro Municipal de Educação N.I.

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