Alguns países
(desenvolvidos) que voltaram às aulas presenciais fez ressurgir casos de
Covid-19, mesmo após o achatamento da curva epidêmica.
Aqui em Nova Iguaçu urge
preparação e cautela, pois teremos novos riscos de contágio e aumento significativo
da evasão escolar, caso autoridades venham insistir no retorno, do jeito em que se encontra as condições estruturais das escolas.
O Conselho de Educação
de Nova Iguaçu e a Secretaria de Educação, não estão sabendo lidar com este
contexto de excepcionalidade. Andam se apegando AGORA para a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional. Entretanto, em seu Art.12, nada preconiza sobre ações de
prevenção e enfrentamento a doenças infectocontagiosas pandêmicas.
Não havia anteriormente
debates abertos sobre isolamento social, aulas remotas e sistema híbrido. Como agora querer tratar na correria estes temas? Logo,
chega ser enfadonho as falas dos representantes da prefeitura em desejar o
cumprimento obrigatório da carga horária mínima estipulada de acordo com a lei,
passando por cima da alta desigualdade existente, claramente expostas pelo
Covid-19.
Há no Brasil mais de
4.8 milhões de crianças e adolescentes sem internet em casa (fonte: Unicef).
Temos 81,9% dos alunos da educação básica não freqüentando as instituições de
ensino. Oportuno que se tenha consciência de que para reduzirmos o prejuízo educacional
e a preservar melhor o direito à educação, somente se dará em 2021, com ou sem
vacina.
Para este ano de 2020,
qualquer alternativa apresentada será no mínimo ação insensata. Mesmo porque, a
prefeitura sequer vem realizando a contento obras de reformas, ampliação e
manutenção de suas unidades escolares. E por conta da justificativa da
pandemia, também não há fiscalização e inspeções. Por fim estamos próximos as
eleições, outro fator complicador que empurra também as tomadas de decisões
para o amanhã (2021).
Alcy Maihoní
Ex-conselheiro de
Educação
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