terça-feira, 27 de novembro de 2012

O DIA EM QUE NOVA IGUAÇU ENTROU MUDA E SAIU CALADA

Cúpula da Polícia Militar e Cívil do Estado do Rio de Janeiro em Nova Iguaçu
Encontro com Secretário de Estado de Segurança Pública-RJ, Mariano Beltrame e Chefe de Polícia Civil-RJ, Delegada Marta Rocha, no Centro de Formação de Líderes - CENFOR (Diocese de Nova Iguaçu):
Tema: Segurança Pública e os assassinatos de menores da Baixada Fluminense.
Por: Alcy Maihoní
Na mesa: Prefeita Sheila Gama, Pr. Bruno (Diocese de Belford Roxo), Dom Luciano Bergamim, Mariano Beltrame (Secretário de Estado de Segurança Pública RJ), Delegada Marta Rocha (Chefe de Polícia Cívil RJ), CEL. Eri Ribeiro da Costa Filho (Comandante Geral da PM-RJ). Nota: Peço escusas a Prefeita em não ter aparecido na foto, pois foi via celular de baixa qualidade e sem recursos de uma panorâmica.
Ontem (26), no auditório da Diocese de N.Iguaçu, algumas entidades civis promoveram encontro com Secretário Estadual de Segurança e a Chefe de Polícia do RJ. Porem, durante o evento a plenária ficou petrificada, enquanto ouvia discursos pragmáticos e de prestação de contas.De antemão até parabenizo pela  presença de tais autoridades em solo iguaçuano, assim como de todos os delegados da área, do Comandante Geral da PM do RJ, da Prefeita Sheila Gama, de dois atuais vereadores (Fernando Cid e Ferreirinha (reeleito), do Fernandinho Moquetá, recém eleito a vereador de nossa cidade (único a comparecer).
Não vou aqui tentar narrar o conteúdo das falas dos palestrantes oficiais (com exceção da prefeita que não fez uso da palavra), bastam que entrem nos sites da Secretaria Estadual e da Polícia Civil que está tudo lá em forma detalhada o que a polícia vem realizando ao longo dos últimos anos. Não gostei deste evento! Houve uma abertura de pernas, quanto a dinâmica do encontro. Desagradável e crônica falta de atitude e submissão dos organizadores em ceder aos caprichos das autoridades que inviabilizou qualquer reação da então "sonolenta" plenária. Eu até pensei em me levantar e sair do recinto, quando ouvi da própria voz do secretário (Mariano), que a "Sociedade é tolerante..." no cotidiano, antes da ocorrência dos assassinatos dos menores em Mesquita. Tolerante, pois sim. A sociedade é antes de tudo vítima, refém  mas tolerante... rachei!!! Outra pérola foi declarar que os resultados da UPPs não refletiu ou vem refletindo na baixada, só faltou chamar as pessoas de levianas e mentirosas quem afirma esta problemática real.  Como fora dito este absurdo no inicio do encontro, acabei ficando...permanecendo até o final. Quem não foi, não perdeu nada. Curioso é que ninguém ousou em contestar, uma virgula sequer, tanto o secretário, como a chefe de polícia. Só vejo dois motivos nesta inércia, onde a plenária (eu me incluo é claro): Medo (Segurança Pública, causa esta deficiência) e Respeito (pelo recinto ser religioso).
Não estou fomentando discussões ou pregando desacato, mas que faltou PULSO em cobrar Direitos, cidadania, isso faltou mesmo. Onde estavam aquelas vozes que no período eleitoral no 2º turno, se digladiavam entre si, azul versus vermelho (12 x 15)? Será mais fácil apontar erros dos políticos municipais do que dos políticos e demais autoridades estaduais? Temos que refletir sobre isto. 
Abaixo cito os nomes das entidades que promoveram este encontro, onde junto com outras entidades da sociedade civil, foi tirada uma Carta de intenções:
Diocese de Nova Iguaçu;
Centro de Direitos Humanos;
Comissão de Seg. Pública da Câmara de Vereadores de N.Iguaçu;
Fórum Pro-Sinase;
UFRRJ;
Comissão Pastoral da Terra (CPT).
A posição e relação diplomática da Igreja no estilo "Política da boa vizinhança" em certos casos e no caso de ontem, chega ser cansativo, mas como é de sua natureza histórica essa passividade política e social, com raríssimas exceções já era de se esperar. O medo calou muitas vozes e até mesmo das 5 (cinco) sorteadas que tiveram a chance de falar, não falou o que a maioria ansiava em gritar. Duas destas vozes sorteadas, inclusive pertencem a pastoral. Foram perguntas insossas, que não tive vontade de anotar, muito menos de assimilar as respostas. Me desculpem o meu senso crítico, também dou a mão a palmatória, mas convenhamos que a invisibilidade dos cabeças pensantes do Conselho Comunitário de Segurança e do Conselho Municipal de Segurança, ambos de Nova Iguaçu está difícil, tamanha apatia,  pois são elos de ligação entre o Estado/município com a população. Do jeito que está, melhor seria que fossem extintos uma vez por todas.
A impressão que se tinha de quem é de fora é que Nova Iguaçu está a 1000 maravilhas em termos de segurança pública e que a polícia está no controle da situação. Se ninguém reclama...
Bairro DANON, após o caso do menino Juan de Morais, foi o 1º bairro a ser depreciado como FAVELA, para a classe jornalística e algumas "autoridades estaduais" que não conhece nossa região, hoje demais bairros e Conjuntos Habitacionais do eixo da Av. Abílio Augusto Távora (RJ-105) é contornada por FAVELAS. Segurança Pública aqui deixa a desejar, apesar da luta do 20º BPM e Delegacias locais.

Um comentário:

  1. SENSACIOANL!!!!
    VERBALIZOU TODO O MEU SENTIMENTO NAQUELA MANHÃ CHUVOSA. SAI P.. DA VIDA DESSE ENCONTRO!

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