céu aberto e deslizamentos
Fonte Jornal de Hoje – O diário
da Baixada.
Projeto Iguaçu não sai do papel em Danon
Abaixo integra da matéria:
Recuperação
ambiental, sustentabilidade, construção de moradias longe de áreas de risco de
inundações resultando na melhoria da qualidade de vida da população da Baixada
Fluminense: estas são as bases do Projeto Iguaçu, que promete beneficiar cerca
de 2,5 milhões de habitantes. Mas para os moradores do Bairro Danon, em Nova
Iguaçu, este projeto nunca saiu do papel.
“O Projeto Iguaçu contempla diversos bairros de
municípios como Mesquita, Belford Roxo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Danon
estava incluído na fase I do projeto que começou em 2008, mas até agora não foi
contemplado. Em janeiro de 2011 entramos com denúncia na promotoria”, revelou
Alcy Maihoni Rodrigues, morador do bairro e vice-presidente da Associação dos
Moradores.
Sem as obras do Projeto Iguaçu, os moradores do
bairro sofrem com graves problemas como o deslizamento de pedras e barro da
Serra Gericinó-Mendanha (Serra de Madureira) que descem pela nascente do Rio
Botas e caem direto nas velhas manilhas das ruas que já não dão mais vazão e
estão prestes a se romper.
“Este é um dos problemas mais graves. As manilhas
estão entupidas e quando estourarem vão destruir as ruas. Há uma verdadeira
cratera na esquina entre as ruas Fernando Cezar Vital e São Roque que existe
desde 2006 e que foi causada justamente pelo entupimento das manilhas”, revelou
Luiz Antonio dos Santos, 54 anos, morador do Beco do Maurício, no Danon.
Alcy, que também faz parte do Conselho Gestor da
APA (Área de Proteção Ambiental) Gericinó-Mendanha, revela que conversou com
alguns engenheiros ambientais sobre a necessidade de recuperar o Rio Botas e
que não adianta começar o trabalho de trás para frente. É preciso fazer a
encosta e dar um novo destino ao esgoto da comunidade para que a nascente do
rio ganhe nova vida.
“Começar a limpeza pelo final do rio é a mesma
coisa que enxugar gelo. Na primeira chuva que cair vai descer lama, pedra e
entupir ainda mais o valão. Isso não resolve o problema”, explicou Alcy.
Esta CRATERA existe desde 2006 |
O morador Luiz Antonio mostra seu descontentamento com o Poder Público da cidade. |
Caramujos, ratos e
mosquitos.
Um enorme valão ao lado
da Rua Maurício Danon dá a dimensão da gravidade do problema do bairro. O local
está tomado por muito mato e lixo e, segundo os moradores, está infestado de
caramujos, ratos e mosquitos. Além disso, o cano de água passa por dentro
esgoto. Eles temem pela saúde da população, especialmente das crianças.
“Moro aqui há 40 anos e a falta d’água é sempre
existiu. Improvisamos um cano, mas agora ele está submerso pelo esgoto e a água
pode ser contaminada. Não temos outra opção. Este valão é um perigo, crianças
já caíram nele brincando na rua. Algumas já tiveram doenças de pele e vermes
por conta disso”, relatou Hélio da Silva Barros, 45 anos, morador da Rua BC
Maurício.
Alcy Rodrigues também conta que 80% das ruas do bairro ainda não possuem asfalto. Segundo ele, apenas 12 ruas foram contempladas ainda durante o primeiro mandato do ex-prefeito Nelson Bornier, candidato ao cargo este ano. De volta ao Projeto Iguaçu, ele lembra que esta é uma obrigação do governo do Estado, mas pede a ajuda do município.
“É necessário haver uma integração tanto com a Câmara dos Vereadores quanto com a Prefeitura de Nova Iguaçu. Mas estas estão omissas com relação aos problemas do bairro. Estamos abandonados”, criticou o vice-presidente da Associação dos Moradores do bairro Danon.
Alcy Rodrigues também conta que 80% das ruas do bairro ainda não possuem asfalto. Segundo ele, apenas 12 ruas foram contempladas ainda durante o primeiro mandato do ex-prefeito Nelson Bornier, candidato ao cargo este ano. De volta ao Projeto Iguaçu, ele lembra que esta é uma obrigação do governo do Estado, mas pede a ajuda do município.
“É necessário haver uma integração tanto com a Câmara dos Vereadores quanto com a Prefeitura de Nova Iguaçu. Mas estas estão omissas com relação aos problemas do bairro. Estamos abandonados”, criticou o vice-presidente da Associação dos Moradores do bairro Danon.
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