sábado, 28 de maio de 2016

Brasil: O retrato de uma sociedade doente não é de agora.

DIANTE DA COMOÇÃO NACIONAL, O DEBATE SOBRE ATUALIZAÇÃO DAS LEIS E PUNIÇÃO MAIS RÍGIDA, GANHA DE NOVO MAIS FOLEGO.
Adolescente de 16 anos deixa o hospital Souza Aguiar com a mãe após estupro coletivo no Rio (Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo)
"Um vídeo em que uma adolescente aparece nua, dopada e com marcas de violência se tornou viral na Internet nesta quarta-feira, 25 de maio, acompanhado de comentários que relatavam que ela foi vítima de um estupro coletivo – muitos deles de verve machista. Um grupo de homens a teria violentado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e depois alguns deles teriam filmado o crime com seus celulares para compartilhá-lo nas redes sociais. Uma das imagens compartilhadas mostra um homem com a língua para fora posando diante da pelve ensanguentada da menina". Fonte: http://brasil.elpais.com/
COMENTÁRIO DO MAIHONI: O retrato de uma sociedade decadente é de décadas atrás e se amplia cada vez mais. Não é de agora, como insinua a matéria da Revistas Isto É. Novamente as grandes mídias vêm montando seu cenário em busca de puro ibope. É estranho na mesma semana do fato, a vitima já estar dando entrevista, vejo falta de respeito nesta ação e muito oportunismo Por que os meios de comunicação de massa não se articulam em união para lutar pela atualização das leis?
Por incrível que possa parecer, houve há 43 anos atrais um caso em minha opinião, pior que este crime de mais de 30 homens de uma comunidade violentando esta adolescente no Rio de Janeiro. Pior que digo é que neste caso não houve óbito. Araceli é o triste símbolo (antes e após, até os dias atuais), de todas as crianças e jovens que foram vitimadas, mortas e que a impunidade se destaca.   
Temos que relembrar o estupro coletivo (pessoas que nao viviam em favelas) e morte da menina Araceli ((18.05.1973) e que o crime ainda continua impune.
Abaixo pequeno resumo:
Araceli Cabrera Sanchez Crespo – A menina de 8 anos foi sequestrada, drogada, violentada e brutalmente assassinada (carbonizada) . O rapto aconteceu após Araceli sair da escola onde estudava, na Praia do Suá, em Vitória. O ano era 1973. Ela se tornou símbolo do combate à violência contra a criança e o  adolescente no Brasil.
Testemunhas e contradições
Durante as investigações, provas e depoimentos misturaram fatos com boatos. Mesmo 43 anos após o desaparecimento de Araceli, o assunto ainda é um mistério. Além de grande parte das testemunhas terem morrido, as que ainda estão vivas se recusam a falar do assunto.

Diante dos fatos apresentados pela denúncia do promotor Wolmar Bermudes, a Justiça chegou a três principais suspeitos: Dante de Barros Michelini (o Dantinho), Dante de Brito Michelini (pai de Dantinho) e Paulo Constanteen Helal – todos membros de tradicionais e influentes famílias do Espírito Santo. Este último era um dos proprietários da antiga Lojas Helal.
Fonte: g1.globo.com

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