terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ULTIMO PAPO RETO DE 2013: ENCHENTES EM NOVA IGUAÇU - RJ

SERVIÇO PALIATIVO COM NOME EMERGENCIAL NÃO!
Por Alcy Maihoní
Costumo dizer que serviço paliativo é o mesmo que serviço de porco e como em certos casos em que vidas humanas estão em jogo é inadmissível que estimulemos tal prática. Devido a este período de fortes chuvas que vem ocorrendo em nossa região, onde houve mortes e destruições de dezenas de casas, famílias inteiras desalojadas, muito se fala na exigência da prefeitura ou estado agirem rapidamente, para que a situação não se agrave ainda mais. Nas redes sociais o assunto no momento é que devem fazer pra ontem, limpeza do RIO BOTAS, córregos, valões, em que as equipes do INEA/Estado utilizem inclusive máquinas anfíbias. Concordo com essa limpeza, sem duvidas é claro, mas para mim isto não basta, porque é apenas um serviço básico obrigatório e cotidiano cabendo qualquer prefeitura que se preze a realizar. O Programa de Controle de Inundações e Recuperação Ambiental das Bacias dos Rios Sarapuí, Botas e Iguaçu, chamado de PROJETO IGUAÇU, jamais pode ser considerado e aceito em nenhuma de suas fases (etapas), trabalhos de forma rápida e paliativa. Todo o processo deve ser realizado de forma bem planejada estruturalmente de cunho permanente e posteriormente a manutenção (sustentabilidade) cabe aí sim aos municípios. No caso da dragagem dos rios, e em especial ao nosso interesse, RIO BOTAS e seus afluentes, mesmo que  o Estado venha utilizar máquinas de alta tecnologia, será como enxugar gelo, se não tornar esta limpeza como um hábito ambiental.
O que o município precisa para minimizar então, os negativos efeitos das chuvas de verão:
1.      Deve possuir uma Carta Geotécnica que aponta áreas que não devem ser ocupadas. Os conselhos existentes das 9 APAS + Apa Alto Iguaçu podem elaborar em conjunto com a SEMUHAM;
2.      Obras de Contenção da Encosta – Serra de Madureira (áreas com deslizamentos de terra e pedras);
3.      Criação de canais de drenagens;
4.      Construção de comportas e diques;
5.      Reflorestamento com equipes de Brigada Florestal.
Sem estas obras estruturantes em Nova Iguaçu, todo e qualquer serviço realizado será apenas paliativo. Se eu estiver enganado e houver algum engenheiro (a) leitor, favor me corrige e faça-me compreender outras formas de inibir tais cheias de verão.



Na foto: da esquerda para direita: Marcelo Soares (hoje presidente da APA Alto Iguaçu), Alcy Maihoní – Ex-conselheiro da APA Gericinó Mendanha e Walter Luiz – Ex- Secretário da APA Gericinó Mendanha.

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