PRIMEIRO DIA DE 2014.
Por Alcy Maihoní
Que calor insuportável continua
fazendo em Nova Iguaçu. Primeiro dia do ano e a alta temperatura leva-me, ainda
a invejar as pessoas que nesta hora estão se refrescando nas praias ou nas
cachoeiras. Procuro algo gelado para beber na geladeira e encontro uma garrafa
de Coca-Cola, cujo interior tem um suco de graviola que a mulher, dias antes
tinha preparado. Com o copo grande na mão e sedento de sede, tomei a primeira
golada e percebi tardiamente que estava sem açúcar. A tarde chegou e o calor só
aumentou. Quarta-feira, apesar da calmaria, em minha rua, minha preocupação com
o clima perturbou minha mente, todo o dia, afinal o Rio Botas não foi
trabalhado, não houve nenhuma dragagem e os últimos temporais da região ainda é
tema de notícias nas redes sociais despolitizadas, porque os alagamentos em
alguns bairros ocasionaram mortes, destruições e muitos desabrigados. Em toda a
baixada, Nova Iguaçu foi a mais atingida, em mais de 60% de seu território.
Caos completo.
O Rio de nome Rio Botas ou Rio
das Botas como preferirem e suas Sub-bacias mais uma vez, assim como um vulcão
em atividade, vomitou seus excessos: água, lixo, terras e pedras. Muitos foram
os avisos, situação clara, previsível de tragédias pré-anunciadas, e que inclusive
em muitas reuniões ao longo dos últimos sete anos, foram sinalizados em forma
de alertas aos servidores do estado e município.
Estou altamente indignado,
pois é do meu conhecimento de que projeto e recursos têm, entretanto isto não
foram levados em consideração para a devida implementação das intervenções em
obras prevencionista ao combate de inundações, visando minimizar pelo menos os
efeitos nocivos das fortes chuvas da estação, mas por questões politicas e
burocráticas nada foi feito de concreto e agora estamos aí residindo num município
que esta em estado de calamidade pública. Até quando?
Em paralelo, como podem os
vereadores da cidade ainda se predisporem
a entrar de recesso? Uma vez que para alguns até em seus redutos
eleitorais, o povo ficaram debaixo de muita água pútrida, sujeito ainda a contraírem
diversas doenças, tais como leptospirose.
Aliais já houve uma morte, a de um rapaz morador de um loteamento, por
causa da merda da urina de rato. A quem culpar agora? Tamanho descaso público
que se arrasta a décadas.
Lembrando outro assunto
absurdo, foi à notícia que lí hoje no Facebook, onde em pleno réveillon, os
moradores do bairro Santa Rita da Rua Dirce Dutra e em todo o quarteirão em sua
volta ficaram 24 horas sem energia elétrica. Moradores de lá com toda razão
estão indignados e inconformados com a Light. Agora é noite e pela vista da
minha laje; vislumbro muitas luzes ao longe, na altura da via Dutra, nenhum
vento ao redor e a temperatura térmica continua quente, muito quente. Não tem
como queixar-me, hoje com certeza não haverá fortes chuvas e o povo poderá
dormir em paz, talveis sem energia em algumas áreas, suportando mosquitos, pernilongos,
porem em paz, por saber que águas não irá invadir seus colchões.
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