quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

1ª SESSÃO PÚBLICA DA CÂMARA MUNICIPAL DE NOVA IGUAÇU.

SESSÃO DO DIA 24 DE FEVEREIRO DE 2015
Por Alcy Maihoní
Ontem (24), estive presente nesta 1ª sessão pública, após fim de recesso parlamentar. A Casa do Povo estava previsivelmente tomada de pessoas, uma vez que após a sessão, haveria a cerimônia de entrega de títulos de cidadãos iguaçuanos e também de moções de congratulações e aplausos destinadas a servidores (ras) da área da Assistência Social. Havia 20 vereadores presentes e 09 ausentes. Poucos foram a tribuna e não desmerecendo nenhum vereador dos que usaram da palavra, destaco aqui o discurso do vereador Carlos Ferreira (PT) que dissertou da importância do município possuir seu PLANO MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA. 
De antemão para quem não me conhece, sou avesso a reeleições e não gosto da forma como este governo PTista, conduz nossa nação (sem controvérsias), entretanto, respeito a opinião e experiencia política de alguns PTistas de Nova Iguaçu que conheço, baseado em suas ações e em especial ao nobre vereador em questão.

Durante todo seu discurso, onde o mesmo informou aos seus pares e a plenária que o município não possui Plano de Mobilidade Urbana, e que existe um prazo de três anos e não fez este dever de casa. E que resta apenas três meses para o prazo expirar e se dignificou a estar a disposição da casa e do governo quanto a esta tarefa. Caso contrário se nada for feito o município deixará de receber verbas federais. Em resumo, este foi o alerta dado pelo vereador.
Fiquei perplexo e inconformado em verificar que nenhum dos vereadores presentes usaram do direito do aparte (uso da palavra) para apoiar, estimular e se oferecer para tratar de assunto de suma importância para o bem estar da população, junto ao executivo. O silencio irritou-me. Pena que nós da plenária não podemos nos manifestar durante a sessão, conforme regimento interno da casa.
Vamos voltar um pouquinho no tempo:
Em 2011, eu me recordo que o mesmo vereador, Ferreirinha promoveu um debate com o tema: "Para onde vai o desenvolvimento de Nova Iguaçu", na época a mesa debatedora estava um ambientalista e chefe da Rebio Tinguá (Flavio), Secretário da Cidade (Dr. Rogério) e o Sub-secretário de Urbanismo do Estado (Dr. Vicente Loureiro). Neste evento o foco ficou limitado ao centro do município, as pautas eram os recentes lançamentos imobiliários, a CTR (Central de Tratamento de Resíduos), enfim naquele momento houve perda de tempo, pois o município na esfera de mobilidade e acessibilidade ficou somente nas intenções. digo isto porque no ano anterior, 2010 havia sido realizada a 4ª Conferencia das Cidades, na qual fui delegado nas etapas municipal e estadual. O tema era " Cidade para todos e todas com gestão  democrática, participativa e controle social", continuação de um processo que iniciado em 2003, ano da 1ª Conferencia Nacional das Cidades e criação do Conselho das Cidades.
Sei das boas intenções do nobre vereador trazer a tona este assunto, porem AGORA É TARDE. NOVA IGUAÇU SE DEPENDER DESTE PLANO MUNICPAL DE MOBILIDADE URBANA QUE AINDA NÃO EXISTE, JÁ PERDEU! JÁ PERDEU, TAIS RECURSOS FEDERAIS. FICA PARA PRÓXIMA GESTÃO DESCASCAR ESTE ABACAXI.
Observando mais a fundo, as perdas não param por aí... já estamos perdendo muito mais: Porque Nova Iguaçu, ainda não possui seus planos de Regularização Fundiária,  Habitação de Interesse Social e Saneamento Básico, para se ter ideia. 
Sinto passar informações fúnebres, mas outro agravante, mesmo que "alguém" apresentasse nesta sessão uma minuta deste Plano de Mobilidade Urbana, NÃO TERIA VALOR NENHUM E NÃO PODERIA SER VOTADO, pois antes de iniciar os estudos e elaboração deste plano que aborda as políticas públicas citadas, ou de outra natureza correlata é imprescindível antes a criação e implantação do CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE (antigo COMPURB), para validar qualquer processo decisório. Nenhum governo pode ignorar ou passar por cima do CONTROLE SOCIAL.

Nenhum comentário:

Postar um comentário