Por: Jorge Ruas*
Face à falta de água que assola a Baixada Nova Iguaçu parece que esta em crescimento constante na indústria de perfuração de poços artesianos tendo em vista os crescentes números de compressores modernos que no cotidiano estamos encontrando praticamente a cada esquina com as brocas perfurando o solo.
Podemos ver maquinas de todos os tipos e modelos das mais antigas com motores elétricos ate os mais modernos compressores de ar para perfuração mais profunda, existem locais onde os mesmos podem atingir ate cerca de cem metros ou mais dependendo do poder aquisitivo do contratante e interessado.
Como em vários já perfurados o liquido começa a apresentar sinais de clorofórmios fecais e outros como água na cor da ferrugem talvez devido à proximidade entre os mesmos com a disputa entre os proprietários por maior profundidade para obter maior quantidade e pureza do precioso liquido.
Deveria os orgãos responsáveis lançar pelo menos uma cartilha orientando como deve ser feito o tratamento para o consumo já que as torneiras estão secas devido à crise que assola praticamente a toda a nação hermética pelo concreto e asfalto e a falta de chuvas nas cabeceiras dos afluentes.
Esta claro que a falta de investimento, manutenção devido os inúmeros vazamentos, o desperdício por parte da população contribuiu e contribui muito para o que esta ocorrendo, e não podemos também culpar o governo por não chover já que nenhum governante tem o poder para tal.
Porém compete orientação ou mesmo buscar soluções comunitárias para solucionar o problema mesmo com a perfuração destes em caráter comunitários com a devida orientação do tratamento do liquido para o consumo sem que o mesmo venha a acarretar problemas de saúde pública que de certa forma esta precário em toda a nação.
A muito o sistema Guandu que abastece todo o Rio de Janeiro já apresenta problemas na Baixada sem que nada fosse feito para amenizar esta situação pela CEDAE no centro de Nova Iguaçu, e nos bairros periféricos como posse e outros onde o abastecimento é oriundo do Rio Douro também entrou em colapso deixando a população com as torneiras secas o que já dura pode-se dizer alguns anos sem que nada fosse feito para amenizar enquanto sítios e fazendas fazem suas represas para o lazer de seus frequentadores em suas piscinas.
Já esta na hora dos governos estaduais e municipais começarem a fiscalizar estas represas particulares observando se as mesmas são prejudiciais ao abastecimento destes bairros e ate mesmo parte dos municipios onde estão localizadas já que a água é um bem de consumo a todos.
Jorge Ruas
Alcy Maihoní Rodrigues Ótimo texto Jorge Ruas, na qual estou compartilhando, mas fico pensando com meus botões, sobre até quando Nova Iguaçu (RJ), continuará sem seu projeto próprio de desenvolvimento autônomo e auto-sustentável. Submisso a ditadura do ESTADO/CEDAE. Por outro lado, o que nos falta hoje é maior indignação da população em face desta constante crise da água.
* Jorge Ruas é Servidor público aposentado, Jornalista/Radialista.
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