quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rediscutindo Saneamento Básico em Nova Iguaçu

Por Alcy Maihoní 
Haverá novamente na cidade a discussão sobre Saneamento Básico, objetivando a construção do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB (2014 – 2033).
Temos que dar bastante atenção ao suposto texto apresentado ou a forma de como será elaborado.
Mais do que apenas cumprir legislação e pesca de recursos, penso que este debate no formato de Audiência Pública que será realizada no dia 21/01, não é recomendável seguir a mesma metodologia do que foi a insossa 5ª Conferencia das Cidades – etapa municipal, ocorrida no dia 19 de maio de 2013, onde as características das atividades ficaram somente a critério dos gestores e Ministério das Cidades. Isto é, seguiu comandos de cima para baixo e não de forma horizontal. Algo interessante que vem há muito ocorrendo conosco (conferencistas), onde ficamos aprovando e aprovando propostas temáticas compactadas, nada além disto.
Erros vêm ocorrendo ao longo dos anos no que se refere a política urbana em que a participação popular, transparência e controle social é posta a escanteio. Não é mais admissível a concordância deste continuísmo destruidor.
Outro ponto é abordar a questão do saneamento sem integrar as áreas de urbanização e habitação é simplesmente ampliar os erros e empurrar com a barriga os gravíssimos problemas que o município possui. Pergunto: Como fechar o Plano Municipal de Saneamento Básico, se por um lado não se cogita em nosso meio do fechamento do documento técnico do Plano Municipal de Regularização Fundiária Sustentável? Gestores de ontem e de hoje, mais sociedades civis não debatem este tema de grande relevância, inclusive a cidade perde muito com isso, lembrando que existe também recursos para tal finalidade.
Voltando sobre a tal audiência, repito em não concordar se a tônica e roteiro for idêntica a de uma conferencia.
O correto é as comunidades envolvidas diretamente no pacote de obras, não somente receber informações precisas, mas colaborar com os estudos e propostas por intermédio de COMITÊS LOCAIS DE ACOMPANHAMENTO e não por representações de moral duvidosa.
Finalizo pontuando e sugerindo que a proposta do Plano de Saneamento Básico venha passar por etapas e integrado as temáticas de urbanização e habitação. Se assim não for, vejo que será um encontro de pouquíssimos resultados principalmente para os moradores dos bairros e sub-bairros da nossa periferia.

Alcy Maihoní
Coordenador do Movimento Popular Iguaçuano 

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