O quinto andar da Policlínica Dom Walmor, em Nova Iguaçu, está interditado depois que a sala do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador pegou fogo, na tarde do último sábado. O que poderia ser um evento isolado parece ter maiores dimensões levando-se em conta que a unidade foi invadida duas vezes. Uma antes e outra depois do incêndio.
Segundo o secretário de Saúde da cidade, Luiz Antônio Teixeira, a primeira sala invadida foi a de Recursos Humanos, no último dia 11, durante a noite. Na ocasião, foram roubadas as folhas de ponto. Teixeira afirmou que havia um vigia no prédio, mas ele não viu nada.
No domingo, após o incêndio, o prédio foi invadido mais uma vez, durante o dia, e alguns monitores foram quebrados no centro odontológico. De acordo com o secretário, documentos foram bagunçados, mas nada foi roubado. A unidade estava vazia, já que não funciona nos fins de semana.
- Não podemos acusar ninguém, mas temos problemas com alguns funcionários há algum tempo. Desde que assumimos, estamos cobrando mais deles e exigindo que não faltem. Tem gente que não gosta de cobrança - declarou Teixeira.
O secretário informou ainda que os vigias trabalham durante o fim de semana. No entanto, funcionários da policlínica afirmaram que não há vigias durante o dia, somente à noite.
- Enquanto o caso não é esclarecido, vou dobrar o número de vigias, durante o dia e a noite, e instalar câmeras de segurança nas saídas da unidade. Se não der certo, vou pedir apoio à Polícia Militar. Não podemos ser intimidados - afirmou.
O caso foi registrado pela prefeitura na 52ª DP (Nova Iguaçu). De acordo com o delegado titular, Julio da Silva Filho, a perícia foi realizada no local e os funcionários da unidade estão sendo intimados a depor.
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