sexta-feira, 17 de abril de 2015

Estrada cheia de buracos e problemas

Sem dinheiro, obra de duplicação da Avenida Abílio Augusto Távora é esperada há um ano


FELIPE CARVALHO
A promessa de revitalização da Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira ou RJ-105) feita em maio pelo governo do estado está longe de ser cumprida. Quase um ano se passou e nada de duplicação, construção de 26 baias para ônibus ou sinalização vertical e horizontal do Centro de Nova Iguaçu ao Km 32. Pelo contrário, enormes buracos continuam gerando caos e desordem em diversos trechos.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) informou que espera a liberação de dinheiro para retomar as obras. Enquanto isso, diariamente, caminhões, ônibus, carros e motos cometem infrações para desviar das crateras que se formaram nos 38 quilômetros da via
Motoristas andam pela contramão ou até mesmo pelas calçadas para fugir dos muitos buracos. Os pontos mais críticos são os trechos nos bairros Jardim Laranjeiras, Valverde e no Km 32.
Em Jardim Laranjeiras, os buracos colocam em risco a vida dos moradores e dos cerca de 1.800 alunos da Escola Municipal Darcílio Ayres Raunheitti. “Eles vêm de ônibus e precisam atravessar a rua. Ficamos com muito medo, porque é justamente aqui em frente que estão os maiores buracos. Além disso, não tem sinalização e nem um guarda para orientar o trânsito”, reclama a diretora adjunta, Andreia da Silva.
Além das infrações, as batidas são frequentes, conforme relata a moradora Ivone Salgado, de 66 anos.Segundo ela, os acidentes de motos são os que acontecem com mais frequência. “Dois motoqueiros morreram recentemente aqui na porta da minha casa. Eles tentaram desviar do buraco e bateram num ônibus. Eu vi tudo. Foi terrível. Aqui é a estrada dos buracos, vergonha total”, resume Ivone.
Quando chove, a situação piora para quem precisa de condução. É preciso sorte para não tomar um banho com as águas das crateras, enquanto espera o ônibus.
Segundo moradores do bairro Valverde, além da água chuva, os buracos ficam cheios por causa de um esgoto a céu aberto na altura da Estrada do Barracão. “Precisamos de canalização e galeria, pois, quando chove, não dá para ver os buracos”, disse o comerciante Geraldo da Silva, de 55 anos.
Fonte: Jornal O Dia - 11.04.2015

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