"O maior desafio é o debate e tratamento de ações, sem que se faça um amplo diagnóstico" Alcy Maihoní
Sexta-feira (28), fui a este evento, organizado pelo CDH.NI - Centro de Direitos Humanos de Nova Iguaçu, realizada no auditório do CENFOR - Centro de Formação de Lideres - Diocese de Nova Iguaçu-RJ.
Na mesa dos trabalhos estavam:
Dra. Eufrasia Maria Souza das Virgens - Títular da Coordenadora dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDEDICA) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro;
Dra. Helena Zamorra - Doutora em Psicologia e Professora da PUC/RJ;
Dr. Clayton da Silva Bezerra - Títular da Delegacia Especializada de Defesa Institucional da Polícia Federal/RJ;
Dr. Marcos Maia - Delegado da Polícia Civil da Delegacia de Homicídios de Belford Roxo - RJ;
Dr. Alexandre Ferreira do Nascimento - Psicólogo, doutorando pela FIOCRUZ, assessor de Projetos Estratégicos da FIA - Fundação para a Infância e Juventude - RJ
Considerei este Seminário proveitoso, devido as valiosas informações esclarecedoras, cujos exemplos e propostas apresentadas, deveriam servir de base para que sejam colocadas na vida prática dos cidadãos em forma de políticas públicas. Mas urge um diagnóstico mais detalhado, emitido pelo Instituto de segurança. Os gráficos apresentados neste Seminário foram bem trabalhados, porem não me satisfez, esperava mais. Antes do término, foi aberto o debate para a plenária se manifestar. Fiquei atento nas perguntas e respostas, e constatei uma triste realidade que persiste em seminários e em muitos eventos análogos a este; onde por um lado existe forte grau de conhecimento e do outro o despreparo. Na mesa estavam profundos especialistas em suas áreas de atuações, ávidos para transmitir seus conhecimentos e tirar possíveis dúvidas, numa tentativa de construção conjunta, na busca de melhores alternativas, visando minimizar esses flagelos em que as crianças e adolescentes são acometidas em determinados períodos de suas vidas e que muitas das vezes até dentro de seus lares, mas as poucas pessoas que se propuseram a utiizar o direito de fala, indagaram questões frívolas, desnecessárias e senti no ar, um grande vácuo e perda de tempo. Para se ter uma ideia, do que acabei de expor, cito o exemplo de uma professora que se manifestou, apenas para detonar o segmento de diretoras, exigindo delas algo que não está em sua esfera de atuação. Fim do seminário e alguns palestrantes sequer foram indagados, apesar de estarem lá, a disposição da plenária.
Tomei conhecimento neste seminário do serviço 123 Alô! que é um serviço gratuito de comunicação direta com crianças e adolescentes, realizado por meio de atendimento qualificado por telefone e internet. Adaptado para a realidade brasileira pelo Instituto Noos, o serviço segue o modelo das Childlines que compõem a rede internacional Childhelpline Internacional - CHI que engloba mais de 150 países.
Como funciona: Ao entrar em contato com o 123 Alô!, as crianças e os adolescentes serão acolhidos por conselheiros capacitados a oferecer uma escuta profissional. Se houver relatos de abuso, negligência e violências, o 123 Alô! encaminhará a situação específica aos órgãos competentes do Sistema de Garantia de Direitos. Trabalho idêntico ao Disque-100 e 180.
Finalizo, dizendo que infelizmente, não houve neste seminário representantes do executivo e legislativo estadual e municipal, além de ausências de muitas entidades civis de tradição de nossa região. Será que para os ausentes, Nova Iguaçu está 1000 maravilhas???
A violação de direitos é algo abominável e o estado, município e entidades civis organizadas não é compreensível que fiquem ausentes (não é a primeira vez), a estes debates. É obrigatório ouvir a nós, agentes de mudanças, que vivenciamos diariamente as mazelas, dentro das comunidades. A realidade é brutal e todo cuidado na defesa e proteção com as crianças e adolescentes é pouco.
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