sexta-feira, 30 de outubro de 2015

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Caso Juan: PMs condenados por morte de criança na Baixada serão julgados por outro homicídio

Publicada por: Davi Boechat
Três dos quatros policiais militares condenados no caso do menino Juan serão julgados novamente. Desta vez, por um segundo homicídio duplamente qualificado, o de Igor de Souza, de 17 anos, que foi apontado como integrante do tráfico local. Ele foi morto na na mesma operação que resultou na morte da criança, que tinha onze anos.
A decisão é dos desembargadores da 8° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), que nesta quinta-feira (22) realizarão a determinação.
Os sargentos Ubirani Soares e Isaías Souza do Carmo e os cabos Rubens da Silva e Edilberto Barros do Nascimento, que estão presos preventivamente desde julho de 2011, também poderão ser demitidos.
Juan foi morto por um tiro de fuzil na noite de 20 de junho de 2011, na comunidade Danon, em Nova Iguaçu. Wanderson dos Santos de Assis, que à época tinha 19 anos, e o irmão de Juan, Wesley Felipe Moraes da Silva, de 14, ficaram feridos na ação.
A Justiça manteve ainda, integralmente, a condenação dos réus com relação às demais vítimas, negando provimento ao recurso dos acusados, que pretendiam obter a anulação do julgamento e também a redução da pena de 30 a 60 anos de reclusão pela morte de Juan e por duas tentativas de homicídio.
Os desembargadores destacam que, apesar de Igor ser apontado como integrante do tráfico local, a perícia só encontrou vestígios de balas disparadas pelos réus, demonstrando que não houve confronto entre PMs e criminosos. “Ressalte-se que, conquanto os acusados tenham afirmado que foram recebidos a tiros pela vítima Igor e seus possíveis comparsas, nenhum estojo balístico foi arrecadado que não das armas utilizadas pelos réus e que o simples fato de aquele integrar o tráfico na localidade portando arma não autoriza disparos em seu desfavor, se não houver menção de sua efetiva utilização pelo mesmo”, justificou a relatora do processo, desembargadora Suely Lopes Magalhães.
O corpo do menino Juan, que morava com a família na localidade, desapareceu após a incursão policial. O corpo foi encontrado 10 dias depois, às margens do Rio Botas, em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.
Fonte: http://www.conectabaixada.com.br/

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